Depoente: Claudia Regina Cândido |
Profissão: Bibliotecária |
Depoimento:
“Parte das comemorações de 10 anos do Instituto Superior de Educação Vera Cruz (ISE) e dos 50 anos da Escola Vera Cruz, de onde o ISE surgiu, este ano o Dia da Responsabilidade Social teve um gostinho especial ao trazer aos alunos do ensino superior a imagem viva da importância da formação escolar. A participação dos ex-alunos, a relevância social das atividades que atualmente exercem e a feliz coincidência do reencontro entre uma das palestrantes e sua professora dos anos iniciais, fizeram deste evento mais um importante dia na história da instituição”.
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Depoente: Rosangela Silva Soares |
Profissão: Educadora / Estudante - Curso de Pedagogia |
Depoimento:
RESPONSABILIDADE SOCIAL O aniversário de 50 anos do ISE que vem sendo comemorado no decorrer deste ano, teve um evento especial no dia 30 de setembro, em que ocorreu o Dia da Responsabilidade Social. A proposta foi uma reflexão sobre o papel da escola e a construção de uma sociedade mais justa e feliz. A palestra com direito a bolo e clima de festa contou com a presença de diversos convidados, alunos, professores e funcionários do ISE, podemos afirmar que mais parecia uma grande família em um ambiente acolhedor propenso a um bom bate papo inteligente e descontraído. Os palestrantes foram dois ex-alunos do Vera que certamente tem tudo a ver com o tema da palestra, pois Carlos Leite é Arquiteto, PHD, Professor Da Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP e foi coordenador do Laboratório de co-criação em territórios informais (Heliópolis/SP) e Carolina Pedroso psicanalista e acompanhante terapêutica, que trabalha na Pastoral Carcerária Margens Clinicas. A mediação foi feita por Ana Maria Bergamim, historiadora, coordenadora do Ensino Médio da Escola Vera Cruz. Na abertura da palestra a coordenadora do curso de Graduação em Pedagogia e Pós Graduação Madalena Jalbut, agradeceu a presença de todos e fez uma retrospectiva do trajeto percorrido pelo Vera nestes cinquenta anos, salientando a proposta pedagógica da instituição e o sucesso do ISE, do trabalho realizado pelo CEVEC, da Revista Digital Veras e dos vários eventos realizados todos os anos com o intuito de contribuir com a reflexão e a construção do conhecimento. Em seguida Paula Zurawski fez um breve agradecimento aos participantes e expôs que o evento é o reflexo do quanto os cursos do ISE leva a sério a responsabilidade social no preparo de cidadãos críticos e autônomos. A professora mediadora Ana Maria, fez a abertura discorrendo sobre o que significa hoje, ter responsabilidade social no Brasil e qual a participação da escola na ação reflexiva transformadora, em seguida iniciou a palestra com o Prof. Carlos L. Logo no inicio o Prof. Carlos já afirma “ Construí minha educação no Vera tendo por base a reflexão, a vivencia e o compartilhamento” e essas ações constatamos nos slides apresentados por ele, de seu trabalho, com seus alunos na favela de Heliópolis. Carlos, afirma que seu interesse por Heliópolis não está em um simples trabalho de urbanismo e sim em uma urbanização humanizada e participativa. Segundo Carlos, hoje a cidade de São Paulo é pouco humanizada e já não mais se reinventa, porem em Heliópolis ” coisas interessantes estão acontecendo, as pessoas se reinventam para reinventar seu lugar e este às reinventam novamente”. Exemplos de criação comunitária como o CINE FAVELA, HORTA COMUNITARIA, PROJETO ECO HELIÓPOLIS entre outros e que são fontes de renda para algumas famílias, impulsionaram a criação de um laboratório entre ONGs e faculdade com o intuito de criar instrumentos para divulgar essas boas práticas o que ele chama de “ incrível grau de sociabilidade e compartilhamento entre os moradores” e isso, Carlos demonstra ser para ele muito importante e conclui que “ o Brasil na formação dos alunos precisa olhar menos para o mercado e mais para a sociedade.” Na seqüência iniciou Catarina, que deixa claro que seu trabalho social tem um viés político e reconhece que isso vem desde sua formação de base no Vera . Ou seja , segundo Catarina ” as aulas eram impactante e envolventes” e destaca as aulas que lhes chamavam mais sua atenção sendo historia e geografia, estas despertavam o seu entendimento político e suas dimensões históricas no processo de emancipação, como também a entender o Estado como garantidor dos direitos e mediador dos conflitos sociais. “O Vera nos ensinou a contestar o que esta estabelecido e nos impulsionava para que sempre avançássemos , mas sem nunca deixar de nos mostrar que haviam limites.” Catarina, fala sobre seu trabalho no grupo Margens Clinicas que muito tem desta formação, pois enfatiza que “tenho como horizonte pressionar o Estado a um atendimento mais amplo a vitimas de violência policiais” e cita que em um outro projeto piloto em que da atendimento a ex-detentos tem o intuito de gerar um relatório para também pressionar o poder publico. No entanto Catarina diz não concordar com as empresas que se diz voltada para a responsabilidade social, pois estas na maioria das vezes “compactua com a ordem das desigualdades” e diz que “ responsabilidade social é contribuir para que os menos favorecidos cobre do Estado seu papel mediador de conflitos e garantidor dos Direitos” e concluiu afirmando que o principal papel que teve o Vera em sua formação foi de colocá-la na situação de sempre se perguntar “em uma situação de desigualdade que posicionamento você tem?” Por fim algumas perguntas foram debatidas e houve o reconhecemos de todos quanto ao valor da educação autônoma, e o quanto o Vera tem contribuído em seus cursos para formar homens envolvido com a sociedade, seus direitos e deveres, ou seja verdadeiros praticantes da cidadania. Para encerrar tivemos uma intervenção artística com as Professoras Stela Barbieri da Escola Vera Cruz e Laura Barbosa Pinto ISE Vera Cruz, ambas fazem parte da Fundação Bienal – SP, a proposta lúdica partiu de um grande circulo em que todos participaram com copos plásticos e água, foi divertido e gratificante e exercício de dar e receber, o compartilhar com o outro e finalmente uma socialização no final. A meu ver a palestra acrescentou muito e mostrou na prática o quanto uma boa educação pode fazer a diferença em toda uma sociedade. |
Depoente: Diana Alves Cavalcante Rangel |
Profissão: Educadora / Estudante do Curso de Pedagogia |
Depoimento:
Dia da Responsabilidade Social A palestra foi muito significativa para a minha formação acadêmica e pessoal , durante toda a palestra fiz a relação da experiência dos palestrantes com a minha, pois atualmente estudo na Graduação de Pedagogia e relembrei das disciplinas, conversas, reflexões e práticas que vivencio no Vera Cruz e como isso é coerente na medida em que vejo um passado que ainda permeia no presente, transformando pequenas atitudes em grandes inspirações capazes de formar um ser humano mais humanizado e menos máquina , mais ativo, investigador e consciente da sua responsabilidade como um cidadão a favor de uma sociedade justa e igual. Assumo que fiquei esperançosa para um dia, assim como eles poder usar as minhas experiências e reflexões vividas no Vera Cruz para outros espaços, outras pessoas, outros olhares e assim contribuindo para a minha formação de educadora que está em constante processo de descobertas e inacabamento, e desenvolvendo a proposta principal da Educação que é formar um educando sensível , ativo, crítico, político e livre de correntes de opressões sociais. A intervenção artística nos possibilitou a aprofundar mais na reflexão da nossa responsabilidade social, com um desafio lúdico de matar a sede do próximo jogando a água no copo dele, sem prejudicá-lo, sem prejudicar a si mesmo e sem prejudicar o espaço, sem dúvida podemos perceber que é esse é um dos grandes desafios da vida que é ajudar o próximo pensando como um ser social, com a consciência que nossas atitudes são tão significativas ao ponto de permitir uma pessoa viver sempre com a sede que a injustiça e desigualdade social causa ou você pode saciá-lá , oferecendo e compartilhando a fonte da inclusão, da solidariedade e da transformação de cenários de individualismo.
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Depoente: Juliana Coelho Camillo Carmagnani |
Profissão: Educadora / Estudante do Curso de Pedagogia |
Depoimento:
Dia da Responsabilidade Social No ano em que a escola Vera Cruz comemora 50 anos, o ISE abordou no Dia da Responsabilidade Social, a importância da escola e o seu papel na construção de uma sociedade mais justa e feliz. Os palestrantes, Carlos Leite e Catarina Pedroso, ambos ex-alunos do Vera Cruz, apresentaram suas ações sociais, que cujo impacto são positivos para a nossa sociedade, e de que forma a escola influenciou em suas escolhas profissionais. Carlos Leite, formado em Arquitetura, professor da Universidade Mackenzie-SP, apresentou o seu trabalho social exercido na favela de Heliópolis – SP, juntamente com sua equipe formada por alunos, professores e estrangeiros. Algumas práticas criativas tais como: cinema ao ar livre (cantinho do céu), re-urbanização, criação de espaços verdes e outras práticas, contribuíram com revitalização de Heliópolis e a transformação de uma sociedade participativa e protagonista de sua própria vida, ou seja, uma sociedade inclusiva e para todos. Catarina Cardoso, psicanalista e acompanhante terapêutica, trabalha para uma sociedade mais justa. A necessidade de uma política de reparação psicológica para o sistema carcerário reforça a importância do seu trabalho como cidadã e na transformação da nossa sociedade. A escola Vera Cruz proporcionou para Carlos e Catarina possibilidades que ajudaram nas suas escolhas profissionais e nas ações que fizeram e fazem diferença em suas vidas, como vivenciar e compartilhar idéias, formar alunos críticos e reflexivos, fornecer baseamento histórico e propostas pedagógicas que fazem o aluno pensar e representar. A escola é fundamental na formação do seu aluno para exercer seu papel como cidadão e contribuir com o crescimento e valorização da nossa sociedade. |
Depoente: Azenath Clarissa A. G. de Brito |
Profissão: trabalha na Honor Christian Academy |
Depoimento:
“Os debates pincelaram o tema, deixando indagações e questionamentos. Um tema bem recente no Brasil e com uma procura para uma fundamentação teórica. O evento deu oportunidade para ouvir sobre o tema interessante para a educação”. |