Postado por: UNIVERSIDADE DE UBERABA - UNIUBE
Postado em: 02/09/2014
Fonte: JORNAL DE UBERABA
O número de doadores de órgãos em Uberaba é baixíssimo quando comparado a demandas de outras cidades. Para ampliar esse quadro, a equipe médica do Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU) investe na Campanha de Doação de Órgãos Setembro Verde, com o tema “Dê o Melhor de Si”. Na manhã de ontem, o médico Thomson Palma, responsável pela equipe que faz captação de órgãos no MPHU, sob a gerência da Central Regional de Transplantes (MG Transplantes), o diretor técnico do hospital, o médico Galvani Agreli, e agentes da Secretaria de Saúde lançaram a campanha. O evento aconteceu no Anfiteatro do Mário Palmério Hospital Universitário, no Bloco A.
Índice - Na coletiva de imprensa, o médico Thomson Palma destacou que Uberaba está abaixo da média do Estado. O especialista divulgou que, atualmente, no município são 2,5 doadores por 10 mil habitantes. “A média é em torno de 4 doadores por 10 mil habitantes, Patos de Minas encontra-se com 9 doadores e Belo Horizonte, 6,5. Vale lembrar que um doador pode doar até oito órgãos, sendo que o rim é o órgão mais procurado”, enfatizou.
Manter os familiares informados sobre a intenção de doar órgãos pode ampliar o número de doares em Uberaba. O médico ressalta que a doação e o transplante compõem um processo de alta complexidade. “Dezenas de agentes da saúde estarão envolvidos neste mês, informando e capacitando cerca de 240 agentes comunitários de saúde e das UPA’s”, relatou.
Palma lembra que, nos dias 22, 24 e 26 deste mês, será realizada panfletagem nas principais avenidas da cidade e nos semáforos. Ele conta que também serão instaladas tendas na rua Artur Machado, no Calçadão e no Shopping Uberaba. “Vamos promover a caminhada no dia 28, tendo a concentração na Uniube (av. Nenê Sabino) seguindo para a rotatória do Cemitério e retornando para a Uniube, onde haverá o fechamento do evento”, acrescentou.
Entraves – O responsável técnico do MPHU, o médico Galvani Agreli, destacou que as dificuldades nas doações e nos transplantes estão na falta de conscientização, informação, capacitação, logística e estrutura. “Reforço que não existe cadastramento para captação de órgãos, somente para medula óssea. A pessoa se torna uma doadora mediante a afirmação da família do paciente quando registrada morte encefálica”, lembrou.
Agreli salienta que o passo principal para se tornar um doador é informar a família, deixando bem claro o seu desejo. “É fundamental essa campanha para incentivar a doação e levar informações corretas à população sobre Transplante de Órgãos e Tecidos. Quanto mais a população se conscientizar da importância de se tornar um doador, menor será a angustiante fila de espera por órgãos”, finalizou.