Postado por: UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA - UNIDADE PRESIDENTE PRUDENTE - UNOESTE

Postado em: 23/09/2014

Fonte: SITE DA UNOESTE


23/9/2014

Agricultores familiares debatem ações para o desenvolvimento

Proposta é estabelecer prioridades em busca de recursos disponibilizados em programas do governo federal  

 

No Estado de São Paulo, a região do Pontal do Paranapanema, que tem sede em Presidente Prudente é uma das três contempladas com ações pela redução da pobreza e das desigualdades sociais. O que ocorre por meio de organização pelo Programa Territórios da Cidadania. As outras duas são: Vale do Ribeira e Sudoeste, com sedes em Registro (SP) e Itapeva (SP). A iniciativa contempla agricultores familiares com ações para o desenvolvimento. As prioridades são decididas coletivamente, como acontece em reunião nesta terça-feira (23), realizada no campus II da Unoeste. Os encaminhamentos aos ministérios devem ocorrer ainda este ano, com os atendimentos previstos para 2015.

 
É uma prática que se repete a cada ano, com o envolvimento de representantes de 22 órgãos federais, a participação de gestores do estado e dos municípios e a inserção da sociedade civil organizada no Colegiado de Desenvolvimento Territorial (Codeter), que na região do Pontal do Paranapanema compreende 32 municípios com a população total de 584.766 mil habitantes, dos quais 59.911 vivem na área rural (10,26% do total). São 12.349 agricultores familiares, incluindo 5.853 famílias assentadas pelo programa de reforma agrária. Enquanto instituição de ensino, produtora de conhecimento (pesquisa) e disponibilizadora de serviços comunitários (extensão), a Unoeste possui representatividade no colegiado.

 
Além de cadeira no Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial (Nedet), possui assento nas seguintes câmaras temáticas: organização da produção, educação e cultura no campo, saúde e direitos e assistência social. Assim é que por intermédio da Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext), a universidade abriga a reunião de apresentação e discussão da matriz de ações para 2014/15, durante todo o dia. A Proext se faz representar pela coordenadora de ações extensivas gerais, Aparecida José Martines de Oliveira. O encontro é conduzido pelo delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA-SP), João Antônio Savedra e acompanhado pelo analista Manoel Dimas Tavares.

 

Também está envolvida na coordenação dos debates a assessora de gestão social do Nedet, Elisângela Viudes Barbosa. Levando em consideração as reuniões do Codeter, Elisângela aponta como ações de maior interesse na região do Pontal: o Pronatec – campo, que é o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego; e questões de assistência técnica e de saúde, especialmente em relação à saúde bucal e à prevenção ou males causados pelo uso de agrotóxicos. O Codeter do Pontal do Paranapanema existe desde 2005 e o Território da Cidadania foi implantado em 2008.

 
Inserida na agricultura familiar, Miriam Farias de Oliveira – do assentamento Paulo Freire, localizado no município de Mirante do Paranapanema – faz parte do Codeter desde o início e afirma que tem sido possível avançar nas questões de conquistas para o campo, contribuindo no desenvolvimento dos municípios. “Nós produtores familiares precisamos nos organizar melhor e estarmos mais unidos e atentos às demandas, em busca de recursos junto ao governo federal”, afirma. Entre as conquistas cita as patrulhas rurais, com máquinas e implementos, além do suporte na produção leiteira, como por exemplo, as instalações de tanques de resfriamento nos assentamentos.

 
“A comunidade deveria se inteirar mais sobre a importância que tem o Codeter e assim ajudar a viabilizar os programas, no sentido de avançarmos o mais depressa possível. Existem recursos, mas são necessárias ações de nossa parte para ir buscar. Não é só o governo federal. Tem muita gente ajudando. Veja o caso da Unoeste que tem contribuído. Recentemente fomos qualificados pela universidade, para produzir ervas medicinais, em um curso ministrado pelo professor Décio [doutor Gomes de Oliveira). Estamos capacitados para produzir e comercializar, mas falta a liberação pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]”, diz Miriam.

 
A realização da discussão de polícias públicas da matriz de ações no Território do Pontal do Paranapanema está na programação do Mês da Responsabilidade Social, desenvolvida pela Proext em atenção à iniciativa da Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior (ABMS).

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

 

http://www.unoeste.br/site/noticias/2014/9/agricultores-familiares-debatem-acoes-para-o-desenvolvimento.htm