Postado por: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO - UNIDADE RIBEIRÃO PRETO - UNAERP

Postado em: 06/05/2022

Fonte: PORTAL DA UNAERP


Aconteceu na última quarta-feira, 4 de maio, na sala 01B, a segunda reunião de organização e preparação para o início do projeto do Clube de Leitura em Estabelecimentos Prisionais, desenvolvido pelos cursos de Graduação e Pós-Graduação em Direito. Na ocasião, os alunos participantes do projeto de extensão, que terá início no final deste mês, realizaram uma simulação de como as atividades dentro do presídio vão ser desenvolvidas e avaliadas. 

Nessa simulação, os alunos produziram uma resenha, através da leitura e discussão de uma obra literária, que deveria estar dentro dos critérios técnicos que a parceira do projeto, Fundação Manoel Pedro Pimentel (Funap), exige para que seja validada a atividade e, dessa forma, abatida a pena do condenado. A reunião trouxe ainda instruções técnicas sobre as condições de segurança, comportamento e principalmente, sobre o caráter humanístico e social do projeto.

O professor Luiz Eugênio Scarpino Júnior, coordenador do Clube de Leitura, explica que os participantes irão desenvolver as atividades com os educandos em três etapas, a primeira, que consiste na apresentação do livro, a segunda, de diálogo e debate sobre a obra, e a terceira, que é a avaliação. O docente também fala sobre o projeto e o perfil dos estudantes participantes. “É importante destacar as funções éticas daqueles que participam em relação ao respeito da pessoa que está sendo atendida, que espera ansiosamente durante longas horas do dia para participar daquela dinâmica”, comenta. 

A professora Tânia Cosci, responsável pelo desenvolvimento do projeto dentro dos estabelecimentos prisionais, comenta que após a interrupção do projeto em 2020, por conta da pandemia, o objetivo é de estabilizar e trabalhar as oficinas com os alunos e os reeducandos de maneira mais eficaz. “É sempre um desafio, tanto no começo como agora, no retorno, mas é instigante. Nós partimos do princípio que é possível levar outra forma de pensar às pessoas e por meio dos pensamentos quem sabe mudar suas atitudes”. 

A aluna da sétima etapa do curso de Direito, Eloá Paro da Silva, que já participava da iniciativa em 2019, diz estar muito feliz com o retorno. “Os educandos vão melhorando na escrita, com o tempo entendem melhor como fazer uma resenha, além disso eles sempre dividem experiência com a gente, então estou muito feliz em poder participar novamente”. 

A estudante comenta ainda que se sente motivada pela oportunidade de viver essa experiência e o fato de que a leitura é capaz de mudar os indivíduos. “Alguns dos reeducandos me disseram que a resenha estava os ajudando a estudar para o Enem por que eles queriam prestar para entrar em uma faculdade”, finaliza.


A professora Tânia Cosci comenta que o objetivo é fazer o projeto crescer cada vez mais 



Para a aluna Eloá Paro da Silva, a leitura é capaz de mudar os indivíduos