Postado por: FACULDADE DE DIREITO DA FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO - FMP
Postado em: 09/06/2021
Fonte: HTTPS://FMP.EDU.BR/FORMADOS-ALUNOS-RETORNAM-A-FMP-PARA-O-PROJETO-MIGRACAO-IDENTIDADE-E-CIDADANIA/
Laura e Bernardo são egressos e encontraram no Projeto MIC um caminho de transpor os muros da faculdade.
Com a proposta de estabelecer um debate na comunidade acadêmica e na sociedade em relação à vulnerabilidade social e jurídica de pessoas migrantes, o Projeto MIC – Migração, Identidade e Cidadania, da FMP, reúne em sua equipe uma diversidade de ideias e experiências. Além dos graduandos, alunos egressos da instituição têm se mobilizado para contribuir com a iniciativa. É o caso de Laura Freitas e Bernardo De Marchi Carneiro.
Formada em 2015, Laura teve vontade de atuar na área de Direito Migratório durante as aulas da disciplina de Direito Internacional. Após a graduação, a advogada realizou atividades de extensão e pesquisa em outras instituições, que ajudaram na compreensão do tema. “Essas vivências geraram aprendizado e me prepararam para o mercado de trabalho. Posso atestar por experiência própria o quanto esse tipo de ação é essencial para a preparação dos graduandos em suas futuras ocupações”, ela declara.
Já Bernardo se formou no fim do ano passado, depois de uma experiência que mudou sua trajetória. Em 2019, viajou para a França e trabalhou em três associações que atendiam migrantes e refugiados, onde se deparou com uma realidade a qual não tinha acesso. “Criei um outro olhar para a questão migratória. Já pensava em atuar no Direito Internacional Privado, então vi nela uma das possibilidades de estudo. Quando voltei ao Brasil, descobri o MIC e fiquei interessado em ampliar meus conhecimentos e entender melhor o assunto”, explica.
O Projeto MIC é uma extensão universitária que surgiu devido a escassez de ações e estudos relacionados à temática. Sua intenção é estabelecer uma discussão sobre a mobilidade humana e seus reflexos na ordem protetiva, proporcionando resistência e estratégias que constituam e garantam um núcleo de direitos contra leis restritivas aos migrantes e refugiados. Portanto, é uma iniciativa que vai além da academia e se apresenta como um serviço para a sociedade. “Esta atividade de extensão está muito próxima de transpor os muros da faculdade ao realizar atendimentos com os próprios migrantes que necessitam acolhimento e orientação em Porto Alegre. É um time muito comprometido em suas atividades e que traz importantes contribuições para a área da pesquisa e, em breve, trará muitos benefícios para a sociedade civil”, comenta Laura.