O número é bem expressivo: só na Faculdade de Medicina da Unoeste existem 39 ligas que envolvem diferentes áreas e multiprofissionais. Para aproximar os acadêmicos dessas iniciativas é realizada a tradicional Semana das Ligas do curso. Realizado no Teatro César Cava, a 9ª edição do evento teve início na segunda-feira e encerra-se nesta quarta (27). A novidade desse ano é a apresentação dos novos grupos: as Ligas Acadêmicas de Fisiatria (Lafu) e de Saúde e Espiritualidade (Liase).
Para o diretor das Faculdades de Medicina da Unoeste, Dr. Gabriel Carapeba, as ligas acadêmicas possibilitam aos estudantes um contato mais próximo com as especialidades médicas. “Esse engajamento é extracurricular, sendo assim, eles optam pelas áreas que têm mais afinidade para um aprofundamento”. Ele afirma que durante os 6 anos de curso, os universitários têm a chance de participar de um grande leque de opções. “Acredito que, ao término da graduação, toda essa bagagem faz com que os futuros médicos estejam já bem informados sobre os segmentos que podem atuar”. Ele acrescenta também, que essas iniciativas oportunizam o contato com a ciência. “Nesse sentido, os estudantes também podem se dedicar, de forma mais intensa, ao desenvolvimento de artigos e relatos de casos, além da participação em eventos científicos”.
De acordo com a professora Dra. Cláudia Alvares Calvo Alessi, responsável pelas atividades de extensão da graduação, as ligas são um espaço potencialmente incentivador de aprendizado e, principalmente, de aproximação do estudante com a comunidade. Para ela, é fundamental que as ligas promovam uma forte articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão. “As atividades relacionadas à capacitação teórica, podem ser úteis na investigação científica e na saúde junto à comunidade. Além disso, as ações promovidas por esses grupos proporcionam transformações significativas na população atendida e no acadêmico, que vivencia a realidade dos menos favorecidos e fragilizados por alguma enfermidade. Tais vivências contribuem também, na formação de médicos humanizados”.
O acadêmico André Carrion de Fares Pinto, 20, cursa o 7º termo e integra a comissão organizadora do evento. “O nosso objetivo é mostrar aos alunos quais são as ligas que existem na graduação e propiciar um espaço para que os próprios grupos se apresentem, mostrando seus perfis e falando sobre as atividades que desenvolvem”.
Foto: Gabriela Oliveira
Atividades são realizadas no Teatro César Cava, campus I da universidade
Novidades
Fisiatria, você já ouviu falar? De acordo com Carapeba que é fisiatra, essa especialidade também chamada de Medicina Física e de Reabilitação (MFR) é dedicada à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento não cirúrgico dos distúrbios associados à função do paciente. “Tratamos também dos distúrbios musculoesqueléticos, dor crônica e aguda e de pacientes que necessitam de tratamento de reabilitação”, explica.
Membro da Associação Brasileira de Medicina Física e de Reabilitação (ABMFR), ele é o preceptor da Liga Acadêmica de Fisiatria da Unoeste (Lafu). “Apesar de sermos um grupo novo, já temos um planejamento das nossas ações, como a oportunidade de estarem inseridos em atividades em parceria com o Hospital Regional (HR) e, também, temos a proposta da elaboração de um e-book, onde os alunos vão ser os responsáveis pela escrita de alguns capítulos que serão selecionados e corrigidos por mim”.
Ismaylim Miguel Tetila Banar cursa o 10º termo de Medicina e é a presidente da Lafu que, para ela, é uma ideia inovadora que visa a qualidade de vida dos pacientes. “Percebi que existem muitos questionamentos sobre a fisiatria e, por isso, busquei o apoio do Dr. Gabriel que abraçou a ideia e está nos ajudando com a idealização desse grupo”. Natural de Santo Anastácio, a acadêmica revela que espera conhecer melhor essa especialidade que já admira. “Estou escrevendo a minha história na Unoeste e tenho orgulho de fazer parte dessa instituição que investe no aluno”, conclui.
A futura médica Isabella Andrade Marques é do 9º termo e preside a Liga Acadêmica de Saúde e Espiritualidade (Liase). Ela conta que sempre se interessou por assuntos que envolvem o campo energético e espiritual do ser humano. “Quando ingressei na graduação continuei estudando sobre esse assunto. Comecei a participar da Associação Acadêmica de Ligas e Grupos de Estudo em Saúde e Espiritualidade (Aalegrees) do Brasil e do estado de São Paulo e, desde então, me motivei a fundar a Liase aqui na universidade”. Ressalta que, a intenção é explorar o âmbito científico atrelado à saúde e à espiritualidade, bem como a meditação e outras práticas. “Pretendemos também despertar no aluno a sensibilidade na relação médico-paciente integral e humanizada”.