Os alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia de Produção participaram, no dia 23 de setembro, da Caminhada pela Acessibilidade. O acontecimento fez parte do projeto “Aracaju Acessível”, idealizado pelo vereador Lucas Aribé, que ocorre deste 2013, reunindo as iniciativas pública e privada, bem como a sociedade civil organizada. O objetivo do evento é sensibilizar os participantes sobre a importância da acessibilidade em Aracaju, principalmente durante a semana em que se comemora, em 21 de setembro, o Dia Nacional e Municipal de Luta da Pessoa com Deficiência.
Neste ano, o tema “Comunicar para Incluir” chamou a atenção para a barreira atitudinal e a necessidade de toda a sociedade assumir o seu papel transformador, no processo de construção de um mundo sem barreiras. Foi nessa atmosfera de inclusão que os alunos estiveram presentes nos hotéis da Orla de Atalaia, levantando diagnósticos quanto às condições de acessibilidade. A iniciativa do vereador, junto aos alunos, previa contribuir com os estabelecimentos, no sentido de poderem relacionar os aspectos que precisam ser adequados para atender ao decreto nº 9.296/2018, que regulamenta o Art. 45 da Lei nº13.146/2015, relativa à inclusão da pessoa com deficiência no Brasil – Estatuto da Pessoa com Deficiência.
A ação foi coordenada pelos alunos de Arquitetura, que fazem parte do Programa de Empreendedorismo Acadêmico Social em Arquitetura (PROEASA), pelo professor Zilton Cavalcanti e pelos professores do NDE de Arquitetura da FANESE, além Cristiano Pacheco e Alcides Araújo, coordenadores de cursos promotores do evento, que proporcionaram aos participantes uma manhã de domingo dinâmica e enriquecedora. “Foi muito gratificante perceber os espaços a partir da visão dos deficientes visuais, pois eles precisam se deslocar na cidade e nós, como estudantes de Arquitetura, temos a obrigação de estar atentos aos cuidados que a cidade precisa ter para incluí-los.”, ressaltou Otacílio Ferreira, coordenador do PROEASA.
Cristiano Pacheco também saiu realizado do evento e deixou sua opinião, destacando a necessidade de autonomia que os portadores de deficiências demonstram: “A acessibilidade não se resume a colocar rampa, vez que o portador de deficiência precisa de autonomia, pois um cadeirante não quer sua cadeira empurrada por outra pessoa, ele quer circular sozinho. Se ele entra e não circula, isso diminui sua independência. Assim como um cego quer entrar num restaurante, escolhendo, sozinho, a refeição dele, sem que alguém lhe diga o que está no cardápio, de igual modo, um surdo quer participar de uma palestra e entender tudo que está sendo dito.”
“O fato de que muitas cidades não estão preparadas para estas pessoas, que existem, mas que nem sempre as vemos nas ruas, é um problema a ser enfrentado e resolvido de uma vez por todas. Isto porque, sem condições de recebê-las, nós as mantemos excluídas do ambiente democrático das relações sociais. Precisamos estar atentos.”, concluiu Cristiano.