Postado por: UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA - UVA

Postado em: 02/10/2017

Fonte: HTTPS://AGENCIAUVABARRA.WORDPRESS.COM/2017/10/02/PROJETODIVERSIDADE-A-ETICA-NO-LIXO/


Para muitos, os bens de consumo encerram seu ciclo ao serem promovidos à categoria de lixo, mas para a arteterapeuta Elenice Monteiro, diretora do Espaço de Arteterapia Elenice Monteiro, o lixo é o estágio inicial para um processo de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal: a arteterapia. Ela conduziu o workshop CONSIEN-CIDADE, como parte das atividades da II Feira de Práticas Sustentáveis/UVA.

Na ocasião, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer na prática o conceito da arteterapia, bem como a abordagem de Elenice sobre o reaproveitamento do lixo, ao construírem uma maquete urbana utilizando cápsulas de café expresso, garrafas pet, pratos de isopor, entre outros itens comumente descartados no cotidiano das residências urbanas.

Este modelo de pensamento, segundo a Associação de Arteterapia do Rio de Janeiro, baseia-se na crença de que o processo criativo envolvido na atividade artística e terapêutica é enriquecedor da qualidade de vida das pessoas. Mas Elenice, formada pelo Centro de Arteterapia Danielle Bittencourt, vai além, ao propor o lixo como matéria-prima a ser utilizada na atividade artística. “Pensar a questão do lixo não é só ter a consciência com a relação à cidade, mas sobre nós mesmos, para o nosso conhecimento”.

Ao fazer uso do lixo na produção artística, Elenice acredita ser possível despertar questionamentos no indivíduo acerca do impacto causado pelo lixo que ele produz. E, por meio do processo terapêutico, a experiência enriquecedora o leva a considerar sua individualidade em relação ao coletivo, conduzindo-o a uma reflexão ética de suas ações no que diz respeito ao espaço urbano que ele quer construir para si e para seus semelhantes. “Nosso trabalho é um trabalho de formiguinha: um faz, o outro vai vendo pelo exemplo, vai achando interessante e vai contagiando”, afirma Elenice.