Postado por: UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA - UVA

Postado em: 02/10/2017

Fonte: HTTPS://AGENCIAUVABARRA.WORDPRESS.COM/2017/10/02/PROJETODIVERSIDADE-UM-OLHAR-PARA-UM-MUNDO-MAIS-RECICLAVEL/


Falar sobre sustentabilidade é compreender que as ações de hoje poderão impactar o planeta negativamente no futuro. Começar a pensar em soluções sustentáveis é um grande passo. Empresas que apostam na sustentabilidade empresarial, por exemplo, visam o respeito ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável da sociedade. Mas para que uma empresa seja considerada ambiental e socialmente sustentável, deve adotar atitudes éticas, estimular práticas que visam seu crescimento econômico sem agredir o meio ambiente e colaborar para o desenvolvimento da população. Pensando nessas ações, grandes empresas vêm reformulando seu modo de atuação. E a II Feira de Práticas Sustentáveis da UVA abriu espaço para estas empresas e suas iniciativas.

 

O evento abrigou muitos estandes que traziam, entre vários assuntos e projetos, maneiras de integrar responsabilidade ambiental, sustentabilidade e comunidade. Um tema muito importante para conscientizar a comunidade e os alunos, que serão agentes e principais membros dessa mudança, já que muitos irão trabalhar nessas empresas é e preciso que apliquem o que aprenderam, dando espaço a ideias inovadoras e sustentáveis, lidando sempre com ética e responsabilidade social. Uma das empresas que estava apresentando sua contribuição para ajudar o meio ambiente era a Grande Rio – Reciclagem Ambiental, que promove a destinação correta dos resíduos usados no dia a dia. A empresa, que tem sede em Nova Iguaçu – Santa Rita, está no mercado desde 1972 fazendo a coleta de resíduos de origem animal.

 

Muitos frigoríficos e açougues, por exemplo, descartam restos de osso e gordura do boi de forma inadequada. A empresa vai até o local recolhe, recicla e reprocessa o material que antes seria descartado de forma imprópria. O osso do boi é transformado em farinha, produto vendido em tonelada para empresas como Granfino e Sadia. Essa farinha vai ser transformada em ração animal. “A destinação correta dos resíduos de abate bovino é de suma importância para a manutenção dos padrões de saúde pública e sustentabilidade da agricultura, uma vez que são reciclados resíduos orgânicos que podem gerar um grande impacto ambiental se forem destinados a aterros sanitários”, explica Lohanne Costa, representante da empresa Grande Rio.

O desenvolvimento sustentável, juntamente com uma nova ética – a ética ambiental – torna-se fundamental, pois é necessária a mudança de hábitos a favor da existência das futuras gerações e também de uma preservação ambiental. Falar sobre empresas que encorajam seu consumidor a salvar o planeta e ainda a viver de forma sustentável é um grande passo para tornar a sociedade mais engajada. A empresa firmou mais um compromisso sustentável, desta vez com o descarte adequado do óleo caseiro. “Todo óleo nós trocamos por produto de limpeza”, conta Lohanne, da empresa Grande Rio.

O projeto, lançado em 2009, envolve a conscientização da sociedade acerca do despejo correto do óleo de cozinha, que causa um grande transtorno para o meio ambiente se feito de forma inadequada. A população, mesmo sabendo dos impactos que o descarte desse produto causa, ainda o faz de forma errada, como jogar na pia, no chão ou no ralo. A maioria faz isso não pelo fato de não se importar, mas por não saber o local certo para depositar o óleo usado.

A Universidade Veiga de Almeida, por exemplo, deixou como legado da última feira um ponto de descarte no campus Barra, onde a comunidade, alunos, professores e funcionários podem trazer o óleo usado e depositar na bombona que fica no pátio central da faculdade, próximo à lanchonete. A UVA escolheu ser ponto de descarte, mas o produto de limpeza fica para a manutenção da faculdade.

Descartado de maneira errada, o óleo de cozinha já utilizado contamina milhares de litros de água, mas a partir do descarte correto, é possível fazer, por exemplo, sabão. É exatamente nisso que a empresa transforma esse óleo usado: em sabão pastoso em barra. Uma das restrições que a empresa cita é que as pessoas não façam sabão em casa, por conta própria, pois se usa a soda caustica, que é prejudicial à saúde e ao meio ambiente.  A empresa também usa o produto químico, porém, por ser uma empresa tem os maquinários necessários, consegue deixar o produto biodegradável. A Grande Rio adota uma ética de sustentabilidade até em suas fábricas, nas quais utiliza caldeiras movidas a biomassa, produto renovável.

A iniciativa da Grande Rio é tão importante que marcas como Barra, BioBrilho, Bica, Pelouche, Barra Faisca e Astra apoiam o programa de educação ambiental. No caso da campanha, as empresas Barra e Bio brilho são patrocinadores do projeto com foco na educação ambiental. A cada garrafa depositada, o consumidor poderá trocar ou por um sabão em barra ou sabão pastoso da marca Barra. O osso do boi é transformado em farinha que acaba virando ração animal, já a gordura do boi é transformada em sabão em barra, o óleo de fritura usado é transformado em sabão pastoso, ou seja, tudo é reutilizado, evidenciando a preocupação de manter a sustentabilidade voltada a práticas sustentáveis.

Não faltam mesmo razões para incentivar e adotar práticas sustentáveis por parte das pessoas e empresas. Embora venha ganhando cada vez mais destaque, a sustentabilidade empresarial ainda não é um tema central em muitas empresas. No Brasil, apenas duas empresas estão no top 100 da lista “The Global 100”, que enumera as empresas com responsabilidade social e desenvolvimento sustentável. São elas a Natura (61º) e o Banco do Brasil (75º).

No entanto, aos poucos, essa visão vai sendo revertida pela informação cada vez maior dos consumidores e pela real pressão que esses clientes vêm fazendo sobre o mercado e, consequentemente, sobre as empresas. Prova disso são empresas no Rio de Janeiro que estão começando a mudar esses números e investido cada vez mais na sustentabilidade de seus produtos e serviços. Modificar desde pequenas atitudes, como a reciclagem, até desenvolver máquinas menos poluentes são apenas algumas destas iniciativas, que merecem ser adotadas e aplaudidas.