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Postado por: UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA - UNIDADE PRESIDENTE PRUDENTE - UNOESTE

Postado em: 10/08/2016

Fonte: SITE DA UNOESTE

Sabe-se que, entre 15 e 20% da população adulta tem diabetes. Essa doença e a hipertensão arterial configuram-se nos dois maiores problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. A afirmação é do Dr. José Francisco Kerr Saraiva, professor e coordenador de cardiologia da PUC de Campinas, que falou sobre o assunto na noite desta terça-feira (9), no Teatro César Cava da Unoeste. A abordagem integra as ações da 12ª edição da Semana do Coração, que ocorre de 9 a 11 e é promovida pelo curso de Medicina da universidade, em parceria com o Hospital Regional (HR) e a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da diabetes, segundo Saraiva é o excesso de peso, sendo que, atualmente, metade da população brasileira está obesa. Alerta ainda para o fato de que a diabetes está diretamente ligada à mortalidade cardiovascular. “Ela aumenta ainda os riscos de infarto, de acidente vascular cerebral (AVC), elevando também as chances de dilatação do coração e a obstrução dos vasos. Se não tratada adequadamente, pode acarretar em complicações como a perda da visão, amputação dos membros e mau funcionamento dos rins”. Existem maneiras de reverter esse quadro. “Redução de peso e do consumo de alimentos ricos em calorias industrializadas são maneiras que podem contribuir para uma vida mais saudável e equilibrada”.

Quem também se apresentou na noite de ontem (9), foi o Dr. Elerson Arfelli da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto. Egresso da turma de 1995 da Unoeste, ele falou sobre o Manejo Clínico das Arritmias Cardíacas da Unidade de Emergência. “A prevalência das arritmias atualmente é por volta de 3%. Esse evento clínico, que gera muita expectativa, depende de uma atuação bastante sincronizada entre a atitude médica e a unidade que recebe o paciente”, diz. Para ele, o reconhecimento da arritmia na fase aguda não é o suficiente. “Deve-se agregar a esse cenário, o manejo adequado e até mesmo a condução do paciente após a sua alta. Sem dúvida, tais procedimentos podem fazer a diferença, já que a alta precoce e o não reconhecimento de uma entidade clínica maior podem causar um evento potencialmente ameaçador à vida do paciente”.

Completando o hall de profissionais do primeiro dia do evento, o Dr. Rui Póvoa, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), pontuou as novidades ligadas à hipertensão. “Os últimos resultados internacionais do estudo Sprint reafirma que o diagnóstico de hipertensão ocorre quando a pressão arterial for acima de 140 por 90 mmHg (popular 14 por 9). “É válido lembrar que os hipertensos são mais propensos ao infarto, derrame, doença renal e insuficiência cardíaca. Nesse sentido, devemos baixar a pressão arterial para menos de 140, reduzindo o surgimento de eventos cerebrovasculares”. Destacou que essa pesquisa indica que a redução da pressão para menos de 120 é capaz de diminuir o aparecimento desses quadros críticos em até 20%. “Para alcançarmos esse respaldo positivo, devemos inserir um tratamento mais intensivo com o paciente, por meio de uma terapia medicamentosa que possua um número maior de fármacos”.

O coordenador da Semana do Coração, docente da Unoeste e diretor regional da Socesp, Mozart Gonçalves Alves Filho, enfatiza que essas abordagens são muito válidas, já que as doenças cardíacas são as que mais matam homens e mulheres. “Cita-se, por exemplo, que o infarto agudo é uma doença grave de sérias consequências para o indivíduo com fatores de risco modificáveis como a diabetes e a hipertensão, que podem ser controladas”, disse.

Ele acrescentou que além de envolver acadêmicos, médicos e profissionais da área, o evento alcança a comunidade por meio da prestação de serviços gratuitos. “Os universitários dos cursos de Medicina, Nutrição, Enfermagem e Fisioterapia realizam hoje (10), atendimentos à comunidade na entrada do ambulatório do Hospital Regional (HR). Quem for ao local, poderá aferir a pressão arterial, calcular o Índice de Massa Corporal (IMC) e receber orientações sobre alimentação saudável, tabagismo e uso de medicamentos. Ontem (9), essa ação ocorreu nos dois campi da Unoeste”, reforçou Mozart.

http://www.unoeste.br/Noticias/2016/8/12a-semana-do-coracao-traz-palestras-e-prestacao-de-servico