Postado por: UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES - UNIDADE ERECHIM - URI

Postado em: 30/04/2015

Fonte: HTTP://WWW.URICER.EDU.BR/SITE/INFORMACAO.PHP?PAG_INVOKED=NOTICIAS_PRINCIPAL&ID=5250


O Curso de Psicologia da URI Erechim promoveu, na noite de segunda-feira, 27, um momento para refletir e discutir sobre a inclusão escolar e social, a partir da experiência de diferentes instituições do município. Prestigiado por acadêmicos e professores dos cursos de Psicologia, Pedagogia, Letras, Fisioterapia e Ciências Biológicas, além de profissionais de várias áreas, o objetivo do evento foi proporcionar conhecimento sobre práticas realizadas por instituições de Erechim que trabalham com pessoas em situação de vulnerabilidade, problematizando a temática da inclusão escolar e social.

Cláudia Maria Paiva, assistente social do Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS II) e do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD), representou a Secretaria de Saúde de Erechim, juntamente com a psicóloga Gabriela Perin, Coordenadora da Saúde Mental. Cláudia falou sobre as fragilidades existentes entre os pacientes das instituições. Segundo ela, são duas demandas diferentes e, ao mesmo tempo, iguais. “Os grupos precisam de auxílio para serem incluídos em determinadas esferas da sociedade, por isso são vulneráveis”, explicou.

Em seguida, o Secretário de Educação de Erechim, Alderi Oldra, e a professora Maria Salete Torres, Coordenadora da Educação Inclusiva, trouxeram relatos e exemplos das ações de inclusão do município, através das escolas inclusivas. Erechim possui a melhor escola de educação inclusiva do Brasil – a Escola de Educação Infantil Irmã Consolata, que recebeu o prêmio “Experiências Educacionais Inclusivas”, da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e do Ministério da Educação (MEC), em dezembro de 2013. Erechim também é considerado modelo nacional quando o assunto é incluir estudantes com deficiência em sala de aula. Conforme o secretário Oldra, a principal preocupação da Prefeitura é valorizar a educação das crianças respeitando as diferenças.

Os participantes também ouviram o relato da representante da Associação Pró-Autista Aquarela, de Erechim, Marilei da Rosa, que explicou a importância do diagnóstico precoce do autismo e do envolvimento da equipe e da família para realizar o trabalho, especialmente em virtude do grande número de autistas que vem sendo diagnosticados. “Temos profissionais muito qualificados nessa área, que fornecem um diagnóstico mais preciso. Por isso, é importante trabalhar o autismo desde a infância”, explicou.

A professora Evanir da Rosa Chiapetti, Diretora da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), de Erechim, juntamente com a professora Romi Marte Niederberger, Coordenadora Pedagógica da entidade, mostraram a organização dos serviços oferecidos, atendimento nas diferentes faixas etárias e o trabalho da equipe multidisciplinar, bem como o trabalho de inserção no mercado de trabalho das pessoas com deficiência.

Amauri Muller, atual presidente da Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos (APADA), que assumiu a gestão no mês passado, trouxe o relato da instituição junto com Nadir Pereira da Silva. O presidente, que é surdo, falou, através da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) sobre a importância de as pessoas terem conhecimento sobre o surdo, desde a questão da nomenclatura utilizada até o domínio de LIBRAS. Nadir destacou que a sociedade de Erechim ainda não está preparada para a inclusão social, trazendo vários exemplos da dificuldade da inclusão do surdo e, ainda, o desconhecimento e não cumprimento de leis já há muito tempo aprovadas. “Por isso, é tão importante a discussão dessa questão com acadêmicos dentro da Universidade, principal espaço de questionamentos”, reforçou.